Be True | Vulnerabilidade

Outro dia recebi um link de Rafaela Cappai, dizendo assim: “lembrei de você. Cê vai amar! vulnerabilidade mode máximo! tudo a ver com Meisner e todas nossas conversas…”

Então cliquei lá (brenebrown vulnerability) e me deliciei por 20 minutos ouvindo o lindo discurso de Brene Brown.  Palavras lindas, explicações coerentes e o melhor… TUDO A VER COM MEISNER E BE TRUE.

O que segue aqui não é exatamente o que ela diz, mas sim, uma pincelada do que eu entendi do que ela disse, mais o que eu penso….

• As pessoas disponíveis e conectadas com a felicidade e amor tem as seguintes características:

Vulnerabilidade – aceitar por completo que o que os faz vulnerável é o que os faz belo. É uma necessidade, a disposição e vontade de agir apesar de, ex. dizer eu te amo antes, se jogar quando não há garantias….

Coragem – vem da palavra em latim cor, coração. Contar a historia de quem se é com todo o seu coração. Coragem de ser imperfeito.

Compaixão – cuidar bem de si mesmo para assim cuidar bem do próximo. Ser generoso e doce consigo porque só assim posso ser com o outro.

Conexão – resultado de autenticidade; disposição de abandonar quem os outros acham que você deveria ser para assim poder ser quem realmente é.

• A sede de controle e querer saber tudo que vai acontecer, nos distancia de nós mesmos pois não nos permitimos ao: eu sou um ser humano eu também erro (quando usado de forma genuína é claro).

Não nos permitimos ao erro, e pior, temos dificuldade de assumi-lo. Esquecemos que tudo o que fazemos tem um grande impacto sobre o outro, desde as pequenas coisas como um sorriso ou uma cara feia, até o cuidado com o meio ambiente ou questões politicas. As pessoas esqueceram que não vivem sós, estamos numa sociedade onde todos estão interligados, querendo ou não….

• Para podermos ter mais controle nós tentamos, e muitos os fazem, anular certos sentimentos ditos “ruins” como a raiva, o medo, a insegurança, a vulnerabilidade… O grande problema é que ao anularmos/ minimizarmos esses, inevitavelmente anulamos seus parceiros a compaixão, a coragem, a confiança, o amor….

Por medo de sentir, se opta não sentir nada; e assim estamos nos tornando seres humanos cada vez mais robotizados e não viventes. Criamos nossos ciclos viciosos de infelicidade, queremos certezas absolutas, ambicionamos um vazio de posses, culpamos os outros para tirar a dor e desconforto que nós fazemos a nós mesmos. Queremos a perfeição, o corpo perfeito, o amor perfeito, o emprego perfeito… Mas não há o que não tenha “imperfeições”. A grande diferença é que na natureza isso é acolhido, em nós e nos outros é colocado como “ruim” e categorizado e julgado.

• Se permitir ser visto, profunda e verdadeiramente visto. Praticar a gratidão, agradecer tudo que acontece, as coisas boas e as ruins. Entender que não preciso controlar que posso ser levada. Ouvir não só falar. Entender que a vida acontece em conjunto, você e o mundo. Não julgar os outros mas sim entender/aceitar que talvez foi como a pessoa conseguiu lidar (isso não quer dizer que você concorda e nem que precise achar bom) enfim, respeitar que somos mesmo diferentes…..

Tudo isso gera em nós e no outro um estado maior de liberdade, de comunhão com o mundo e com seu EU.

• Segundo Brown: VULNERABILIDADE = VIDA

Pra mim a pratica do método também é isso…. Por isso sempre digo, é um método de interpretação mas são ferramentas para a vida.

• Na minha aula você vai ouvir muito disso:

Se permitir ser. Aceite tudo não negue nada. É no desconhecido que mora a criação. It’s about knowing not showing. Não sabe o que fazer repete. A repetição é um trabalho em conjunto. Não precisa guiar, se deixe levar. Você não precisa forçar nada, se estiver lá aberto ao outro e a situação tudo lhe será dado….

• E eu te pergunto: Por que não?

Rafaela Cappai é atriz, empreendedora, coach e amiga. Quer saber mais sobre ela? www.espaconave.org

Brené Brown pesquisadora e contadora de histórias. Quer saber mais sobre ela? www.brenebrown.com